sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Hoje é dia de escarafunchar o cérebro.
Pena que isso não o faça funcionar de forma mais de acordo com a normalidade das pessoas.
Mas, no fim das contas, eu não queria mesmo ser assim, "normal"....no sentido de comum sabe?
Foi bem duro, bem complicado passar quase a totalidade de minha vida, sendo a "maluca" sem entender o porque disto, da diferença.
Era tão difícil me sentir assim, fora do contexto...saber que eu era olhada com estranheza, que eu era A diferente!
Porque isso?eu pensava...porque me sinto tão fora dos parametros que as pessoas querem?Porque me sinto tão deslocada deste ambiente familiar tão certinho, destes irmãos que dão certo, que não questionam nada?
Porque minhas viagens mentais soavam maluquices para minha mãe, minha irmã, minha tia?
Achei durante muito tempo, e até hoje acho, que só minha avó me entendia, ela que foi também tão fora dos padrões da época dela.
E sabia que meu pai, apesar de não me entender muito, me aceitava e compreendia...mas não sei se ele me aceitaria totalmente hoje.
Mas enfim, acabei sabendo os porquês.
Certo não fez grande diferença no meio familiar. continuo sendo a maluca de plantão.
Na verdade, acho que já perdi o posto.
Mas pelo menos agora eu entendo tantas coisas de mim...o que não quer dizer que as aceite 100%.
Mas pelo menos sei que toda minha falta de conformidade, toda minha ânsia de liberdade, toda minha imaginação ensandecida, tem um motivo que não é loucura, maluquice...sou apenas eu.
Diferente de minha irmão, irmão, mão, pai, tia...se é um gene a mais ou a menos não sei, nem me interessa.
Só me interessa que, graças às minhas deusas, escapei de ser comum.

Um comentário:

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